A questão é: o que fazer com o aluno que fica insistemente em rede social na sala de aula? E não me diga que a aula é desmotivadora, porque não é o caso. Então, o que fazer? Inverter a ordem das coisas, programando a utilização do celular para pesquisas-relâmpago? Utilização do celular para o envio de mensagens-relâmpago, compartilhando resultados?
Enfim, é preciso encontrar um denominador comum para a questão, não?
Prof. Dr. Plinio Sabino Sélis
(UFT - Araguaína - TO; e
UnirG - Gurupi - TO).
Permitir ou não o uso de celulares na escola?
06-10-2013 10:44
Há certo tempo, durante meus estudos e pesquisas, um vídeo me chamou a atenção: “Como a internet facilita a intimidade”. Por atuar como orientadora tecnológica, assuntos em que tecnologia e educação estão interligados despertam logo o meu interesse. No vídeo, Stefana Broadbent mostra que não é verdade que o excesso de comunicação por redes sociais e mensagens de texto ou de voz, através da internet ou do celular, estaria estragando a intimidade humana. Ela nos apresenta dados concretos que mostram que, na grande maioria das vezes, o círculo de comunicação através desses meios é bastante restrito e acaba resumindo-se a familiares e amigos íntimos.
A polêmica reside na proibição do uso desses recursos nas dependências escolares. Segundo Stefana, a escola sempre procurou reproduzir os esquemas sociais de trabalho, em que se deve privilegiar a concentração, acostumar-se com o afastamento da família, rituais de entrada e de saída, uniformes etc. Ao proibirmos o uso desses mecanismos de comunicação, estaríamos determinando se as pessoas têm ou não direito de comunicar-se, mantendo-as isoladas.
Então pergunto: Deveríamos permitir e democratizar o uso dessas tecnologias de comunicação em nossas escolas? Sabemos que os celulares em sala de aula têm sido grande fonte de distração, prejudicando a concentração dos alunos que insistem em ouvir músicas, navegar na internet, trocar mensagens instantâneas, jogar e muitas vezes são utilizados para difundir fotos e vídeos inadequados. Entretanto, não podemos ignorar que com o advento das tecnologias de comunicação, as esferas públicas e privadas acabam mesmo se confundindo.
O que fazer então? É primordial buscarmos uma função pedagógica para as TICs e nos apropriarmos desses recursos em nossa prática, estudando maneiras de usá-los a nosso favor. Se falamos tanto na importância de saber dizer não às nossas crianças, precisamos também saber a hora de dizer sim aos seus desejos e anseios. Não é fácil, nem tenho uma resposta para essas indagações, mas creio que não podemos nos fechar a essa realidade que se nos impõe.
Obs.: Para assistir ao vídeo com legenda, pouse o mouse sobre a parte inferior do vídeo e selecione o idioma desejado. Há 27 idiomas diferentes para selecionar. Vale a pena conferir!
Eis a polêmica. Lanço-a para que possamos discutir o tema.